sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Poema - I

Só não arrisca, não me amola, não faz desdém;
Nesse jogo, eu sei que posso te fazer sofrer também. 
No seu lugar, colava em mim;
Sem dar sorte pro azar;
Porque do mesmo jeito que eu sei me doar assim;
Também sei deixar de gostar. 
Pode outro cara colar e me fazer enxergar;
Que o que não encontro em ti, nele eu posso achar.
Gosto muito de carinho, de compreensão;
Mas não pense que se me der só isso, vai me ter na mão;
Se depois de tudo que fizer pra me conquistar, não me der atenção;
De nada valerá o esforço, ele será em vão.
Mas se você arrisca me perder, sem nem ao menos se importar;
Sinal de que fiz o certo, quando em você, preferi não acreditar.
Palavra é só palavra, se não vier acompanhada de atitude;
Mas na real, até a que se julga mais ligeira se ilude;
Porque a gente acha que “com ele pode ser diferente”;
Ou que ele pensa pra valer “na gente”;
 A história é quase sempre assim;
Até eu enxergar que mereço muito mais;
Colocar logo esse lance no fim;
E te mostrar que pra me ter, você não foi ‘capaiz’.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Reciprocidade - sobre desperdício de sentimentos

Hoje, meu carinho, minha atenção e minha intensidade são só pra quem fizer questão e ninguém mais! Eu não imploro pra mim, mas também não vou sair distribuindo à quem não mereça.
Dou bons motivos, procuro ser interessante, interessada. Cuido, mimo, apoio e faço o impossível para acompanhar, mas se não houver reciprocidade, eu não insisto!
Sabe, o mundo é tão grande... Tem tanto cheiro pra eu descobrir, tem tanto sorriso pra eu cobrir... De beijos, no caso. 
Pra quê virar incomodo? Pra que ser peso na vida de alguém que demonstra viver bem sem mim? Que não demonstra sentir nenhuma falta?
Já diria Pedro Bial que "não existe falta de tempo, existe falta de interesse". Ou o ditado, que diz que "quem quer, dá um jeito". E eu acho que dá mesmo! Quem quer dá um jeito de te ver, te cuidar, de te ter, de te conquistar. Quem quer arruma um tempo, uma hora ou um minuto que seja pra você. Não por obrigação, mas por prazer, sabe?!
Gente que sabe o que quer já é difícil de achar, agora gente que sabe o que quer e demonstra isso, é raríssimo, quase que inexistente. Mas parece que as coisas estão deturpadas, perderam o valor. Porque quem encontra, não valoriza... Quem entende? 
Eu, felizmente, me sinto 'velha' pra essas coisas. Me sinto velha pra me fazer de difícil pras minhas vontades. 
Não sou louca de arriscar. Vai que ela (a oportunidade) decide partir e nunca mais bate à porta?! EU HEIN!
A questão é simples: Só a reciprocidade faz as coisas darem certo.
Chega de desperdício de energia, de amor, de relações.
Hoje, eu só quero que seja eterno enquanto for recíproco!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A gente só fala...

As vezes eu acho que falo tanto que já te esqueci e que não te amo mais, pra ver se eu me convenço disso de vez. Pra ver se me coração entende a mensagem do cérebro, e deixa de bater por você.
Grito aos 4 cantos minha alegria breve e momentânea, a troco de que numa dessas esquinas ela me encontre de vez e me pegue de jeito. Não me deixe deixá-la escapar. Me faça feliz, como seu sorriso me fazia.
Falo da vida boa de solteira, afim de encontrar de fato, algo que me brilhe aos olhos, porque olha, ta difícil...
Como é vazio e sem sentido. Como é cansativo... É muita pessoa oca por metro².
Não tenho paciência.
Você me ensinou a gostar da simplicidade, daquele negócio bom de ser feliz baixinho.
Foi com você que eu aprendi como era bom sorrir e apenas ser observada por quem era o motivo do sorriso e ninguém mais.
Esse negócio de coração vazio é demais pra mim... Quanta metáfora. Eu que gosto tanto de ser completa... Sentindo muita falta de alguém que me transborde...
Eu peço ao vento pra afastar tudo seu que me vem na memória, mas quase todo dia encontro alguém com seu perfume... Maldita memória olfativa!
Te encontro em olhares, em sorrisos. Te encontro em tudo que me falta. Nos lugares que nos víamos, nos relógio que me massacra, lembrando que o tempo passou.
Insisto em dizer pra mim mesma que você não sente minha falta, por isso não me procura, mas me lembro do inicio, quando tudo era assim, tão distante e ainda assim, fizemos dar certo. Eu no meu barulho, você no teu silêncio...
Grito em voz alta, pra quem quiser ouvir, que sou só minha, que sou dona do meu nariz, mando na minha vida, das minhas escolhas.  Daí vem meu coração, gargalhando e me dizendo: tem certeza disso?
Me aquieto. No silêncio da minha alma, ouço sua voz, sinto de novo seu cheiro e lembro como a vida era tão mais quentinha entre seus braços.
Falo pra mim mesma que te encontrarei ainda. Quem sabe em outros braços, beijos e amassos. Entre um e outro copo, entre um e outro corpo. As vezes com uma barba maior, ou barba nenhuma. Com mãos mais frias ou mais inquietas. Fato é, que em cada detalhe de quem passar por aqui, encontrarei um pouco de ti.
Falo, por fim, que quero que sejas feliz, mas falo baixo, quase que inaudível. Porque vai que você acredita mesmo que possa ser feliz sem mim, e eu tenha que cumprir com a minha palavra, quando te dizia que independente de como fosse, sua felicidade me faria feliz . .
Mas nem sempre faz... Ah, como não faz!