As vezes eu acho que falo tanto que já te esqueci e que não te amo mais, pra ver se eu me convenço disso de vez. Pra ver se me coração entende a mensagem do cérebro, e deixa de bater por você.
Grito aos 4 cantos minha alegria breve e momentânea, a troco de que numa dessas esquinas ela me encontre de vez e me pegue de jeito. Não me deixe deixá-la escapar. Me faça feliz, como seu sorriso me fazia.
Falo da vida boa de solteira, afim de encontrar de fato, algo que me brilhe aos olhos, porque olha, ta difícil...
Como é vazio e sem sentido. Como é cansativo... É muita pessoa oca por metro².
Não tenho paciência.
Você me ensinou a gostar da simplicidade, daquele negócio bom de ser feliz baixinho.
Foi com você que eu aprendi como era bom sorrir e apenas ser observada por quem era o motivo do sorriso e ninguém mais.
Esse negócio de coração vazio é demais pra mim... Quanta metáfora. Eu que gosto tanto de ser completa... Sentindo muita falta de alguém que me transborde...
Eu peço ao vento pra afastar tudo seu que me vem na memória, mas quase todo dia encontro alguém com seu perfume... Maldita memória olfativa!
Te encontro em olhares, em sorrisos. Te encontro em tudo que me falta. Nos lugares que nos víamos, nos relógio que me massacra, lembrando que o tempo passou.
Insisto em dizer pra mim mesma que você não sente minha falta, por isso não me procura, mas me lembro do inicio, quando tudo era assim, tão distante e ainda assim, fizemos dar certo. Eu no meu barulho, você no teu silêncio...
Grito em voz alta, pra quem quiser ouvir, que sou só minha, que sou dona do meu nariz, mando na minha vida, das minhas escolhas. Daí vem meu coração, gargalhando e me dizendo: tem certeza disso?
Me aquieto. No silêncio da minha alma, ouço sua voz, sinto de novo seu cheiro e lembro como a vida era tão mais quentinha entre seus braços.
Falo pra mim mesma que te encontrarei ainda. Quem sabe em outros braços, beijos e amassos. Entre um e outro copo, entre um e outro corpo. As vezes com uma barba maior, ou barba nenhuma. Com mãos mais frias ou mais inquietas. Fato é, que em cada detalhe de quem passar por aqui, encontrarei um pouco de ti.
Falo, por fim, que quero que sejas feliz, mas falo baixo, quase que inaudível. Porque vai que você acredita mesmo que possa ser feliz sem mim, e eu tenha que cumprir com a minha palavra, quando te dizia que independente de como fosse, sua felicidade me faria feliz . .
Mas nem sempre faz... Ah, como não faz!