terça-feira, 28 de abril de 2015

Do nosso ponto final.


a gente avisa, fala que uma hora cansa e que vai desistir;
as pessoas duvidam, pensam que somos incapazes de seguir;
a questão não é nem deixar de gostar, mas sim de não sentir dor;
a questão é que não da pra lutar sozinho por um amor;

eu tentei de tudo por nós dois;
mas sozinha, não conseguia entender porque não agora e sim depois;
fiz tudo que podia pra ter de volta pra mim;
mas ainda assim, você preferiu decretar o fim;

eu sinto muito por hoje ser você quem corre atrás;
sinto mais ainda te informar que eu, lamentavelmente, não te amo mais;
sei que você pode não acreditar que não existe mais sentimento;
ou que você não mora mais no meu pensamento;
mas eu preciso te situar;
que pra você, aqui não há mais lugar;

coração de vidro, hora quebra, hora corta;
e dentre essas duas opções, eu simplesmente preferi fechar a porta;
pra que não hajam estilhaços cortantes; 
pra que não haja sofrimento de nenhum semelhante;
pra que ninguém saia ferido ou machucado;
pra que de forma alguma, o amor seja o culpado;

o que eu quero te dizer com isso tudo;
é que por mais que doa ver você sofrer, hoje eu refiz o meu mundo;
e nele, sofrer é uma palavra que não existe;
porque aprendi que antes um 'eu' feliz, do que um 'a gente' triste!


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Sobre desejos e orgulho


se você quiser ficar, a cama é se solteiro, mas cabe nos dois;
eu te faço um poema e te beijo depois;
tiro sua roupa com meu olhar;
e te espero ansiosa para ninar;
encontro um motivo qualquer pra um cafuné;
enrosco tuas pernas com meu pé;
beijo tua boca intensamente;
até que que a mistura de 'eu e você' se torne 'a gente';
mesmo se escrevendo separado, te quero juntinho;
pra cuidar de ti, lhe dar amor e carinho;
e como se não houve amanhã, nem depois;
faço o impossível pra que seja bom para os dois;
me despeço de manhã, sem vontade de partir;
deixo aberta a porta, na esperança de você vir;
me tirar da sanidade de seguir o resto do dia sem você;
na esperança de que me agarre e pelo menos por hoje, me impeça de viver;
pelo menos, pro mundo, pra todos ao redor;
apenas pra nós dois, numa intimidade bem maior;


mas ainda assim você não vem 
e eu parto sem olhar para trás;
porque gosto muito de você, 
mas de mim o dobro ou mais...

segunda-feira, 23 de março de 2015

Nem sempre a gente vive. Às vezes a gente só sente.


Você pega minha mão, olha no fundo dos meus olhos e como se quisesse me alertar do perigo diz: "Não se apaixone por mim, não faça isso, estou cansado demais para retribuir", mas não me diz como não fazê-lo.
Por que mesmo você precisava ser assim tão parecido comigo, até nas imperfeições? Qual a necessidade de me alertar sobre minha paixão platônica?
Você não vê, mas me expor suas feridas, seu cansaço, sua falta de crença no amor, ao invés de me afastar, só me aproxima cada vez mais de você. Afinal, hoje em dia quem é que tem coragem pra tudo isso?
Pra que um sorriso tão aberto e um humor tão irônico? Qual a necessidade de eu te conhecer justo agora, que não dava pra você?
Você me faz um carinho, um elogio, reconhece meus esforços, mas não me ilude, me deixa com pés firmes no chão... Que raiva.
Você podia ter um ataque de canalhice, me fazer acreditar que o 'a gente' existe também pra você, só pra alegrar um coraçãozinho que anseia um amor correspondido, mesmo que de mentirinha. Podia fazer tudo isso, e sumir depois, pra eu não ter escolha senão a de te esquecer, te amaldiçoar por ter me enganado tão bem. Mas não, você fica! faz a cena do bom moço, me aconselha, compartilha de opiniões tão minhas, me apaixona mais e volta a me dizer que não é isso que você quer, nem pra mim, nem pra você porque está cansando.
Que vontade eu tenho de te dizer que não há cansaço que me afaste, que vontade me dá de dizer que se você estivesse disposto, eu amaria por dois... Pena que eu sei o fim de historias assim. Seria mais fácil você me contagiar com seu cansaço, do que eu com meu amor te envolver.
Ainda assim, aceito o que é me dado espontaneamente, carinho, atenção e afeto, na medida que devem ser e procuro não ver mais do que realmente são...

Porque você sabe, se tem um gente que vê encanto em coisas inexistentes, aaah essa gente é gente apaixonada (sorriso largo, de preferencia o seu)

quarta-feira, 18 de março de 2015

Pra fazer o (seu) coração de morada.


“Não me ache boba, por favor”, todas vezes que repito essa frase, lembrando que você também vive a me dizê-la, e eu por minha vez digo que não és, entendo seu receio. É que gostar de novo, tem essa coisa boba de tapar os olhos e andar em terreno desconhecido não é?! Aquela coisa de não gostar de alguém há tanto tempo, que quando gosta, não sabe lidar. E eu não sei mesmo... Talvez demore a reaprender, mas se você tiver paciência, já me ajuda...  Deixa que a ansiedade já é minha e fica aí, calminho à seu modo, me mostrando que pra cada passo que eu der em falso, você vai estar segurando a minha mão e me guiando pro caminho mais seguro. Fica do meu lado, me orientando em sussurros cada coordenada que devo tomar. Pede pra eu confiar e diz que o terreno não é só bom pra andar, é bom pra deitar e rolar também... Me dá segurança de não precisar destampar meus olhos, de confiar no que apenas minha intuição e meus sentidos dizem.  Me deixa à vontade... Me faça descobrir cada cantinho novo desse lugar, suas fragrâncias e sabores, até ele ser tão familiar quanto o meu... Porque eu gosto mesmo é de me sentir em casa... E depois disso, fazer da casa um lar... Desculpa parecer boba, mas me deixa morar em você?

terça-feira, 3 de março de 2015

A via é de mão única.



Não adianta me esperar, porque eu não vou voltar. Quando nossas vidas chegaram naquela bifurcação, eu peguei a via de mão única e te avisei que não haviam chances de eu dar meia volta depois que colocasse meu pé naquela rua. Que mesmo cansada, depois de correr uma maratona atrás de você, nem que fosse pra chegar na primeira esquina, sentar e chorar, eu não voltaria pro 'sentido errado'. Eu não infringiria as minhas leis!
E olha que ironia, não haviam retornos. Quando notei que as demais ruas levavam pra caminhos tão diferentes daquele que havia saído, tudo aquilo me encantou. Passar por jardins floridos, tão mais encantadores e perfumados. Observar os sorrisos e a solidariedade daqueles que me viam passar sem rumo e logo me acolheram... Olha, eu não sabia que você gostava tanto de mim! Porque afinal de contas, só alguém que gosta muito da gente faz esse tipo de coisa né?! Mandar a gente seguir em frente, de vez... Mandar a gente pra um lugar maravilhoso, que jamais teria oportunidade de conhecer se estivesse insistido em andar junto naquela rua cinza e seca, cheia de asfalto remendado e pedras chatas incomodando os sapatos. 
Obrigada por querer meu bem. Obrigada por me libertar pra viver o melhor.
Hoje, andando firme e tranquila, vejo que realmente, essa rua era estreita demais para nós dois e não haveria espaço para andarmos lado a lado nela. É uma via de mão única rapaz!
E não tem grito nem sussuro seu que me fará infringir essa lei. Se foi pra frente que me mandou andar, então é pra lá que estou indo, certa de que o que me espera, é muito melhor do que o que eu deixei. Ainda assim, não tenho pressa ao caminhar. Aprendi que o que for nosso, encontra nosso caminho, por mais demorado que seja, por mais cansado que estejamos, quem tiver que passar, passa; quem tiver que ficar, fica. E mesmo que tenha tomado aquele caminho sem saber o porque, se for nosso, não exita em acelerar o passo pra nos encontrar ou desacelerá-lo para nos acompanhar...
E mesmo quando entre uma rua ou outra, alguma lembrança sua me dê vontade de regredir, eu lembro que o sentido é único, pra frente e não há mais tempo, nem tampouco motivos pra voltar.
A VIA, É DE MÃO ÚNICA RAPAZ! Não perca seu tempo me esperando voltar atrás!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Não quero continuação. Quero um novo começo!

Vê se aparece qualquer dia desses, bate na minha porta e só avisa que voltou pra não mais partir. Diz que dessa vez ta decidido em não abrir mão de nós e que veio pra ficar. Que todo aquele medo, que outrora dominava meu peito em te ver ir embora, vai ter que arrumar outro lugar pra ficar, porque dessa vez é pra valer.
Olha no fundo dos meus olhos e me faz acreditar que aqueles sonhos ainda são nossos e que não há tempo que apague. Que foi deslize, confusão, coisa de gente indecisa, mas que agora, você sabe o que quer.
Pega na minha mão como quem quer cuidar de mim de todas as formas possíveis e imagináveis e me faz acreditar que não existe mais espaço pra indecisão.
Beija minha boca devagar, como daquela primeira vez que nos beijamos, e mostra que não importa por quantas bocas as nossas tenham passado nesse tempo, o beijo ainda encaixa, combina e dá frio na barriga.
Me abraça apertado, coloca minha franja pra trás do cabelo e diz que o tempo me deixou ainda mais linda e só fez aumentar tudo que você já sentia. Que não encontrar em outras o que eu tenho, só fez aumentar meu valor e que isso só fez crescer seu amor.
Tenta de novo, arrisca por nós. Toma o rumo da minha casa e não se arrepende no meio do caminho... O 'não' você já tem, ou melhor, nunca teve. Você tem passe livre, pra chegar e pra sair, você sabe que pode isso quando bem entender. Mas se vier, vem pra ficar, eu não preciso continuar aquela velha história... Pra mim, uma nova é bem melhor! 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Uma carta ao moço


Eu costumava gostar mais de pessoas, costumava me apaixonar mais fácil por elas, me deixar encantar levemente. Mas sabe, depois que você passou por aqui, que difícil tem sido te procurar, mesmo que inconscientemente, em cada novo alguém que aparece.
Por que será que a barba daquele rapaz de outro dia, mesmo sendo mais bonita que a sua, não acariciava minha pele daquele jeito gostoso que a sua fazia? Por que será que ninguém me deixa tão a vontade daquele jeito, pra ser eu mesma numa boa? Por que será que ninguém me diverte tanto em uma semana, como você me divertia em minutos? 
Sabe, eu morro de pena de quem passa por aqui depois de você e não tem coragem de ficar. Eu até entendo, mas como dói. Dá vontade de sair correndo atrás dessa pessoa, implorando pra ela voltar e dizer: "Desculpa meu bem, não vai não, eu sei que a barra é pesada, mas não desiste de mim assim. Juro que eu não costumava ser tão pouco, mas é que passou um moço aqui antes de você e veja só o estrago que ele deixou... Levou tudo de vez pra ele. EGOÍSTA! Levou o melhor de mim e não deixou nada além de um pouquinho de inspiração e uma caixinha de sapato cheia de lembranças.
Talvez tenha deixado um pouco de dor misturada com saudade, um pouco de mão na cintura com cheiro no pescoço. Deixou pouco dele, em cada nova linha que surge. Talvez até tenha deixado um pouco de indiferença, mas eu não me importo, porque nele eu deixei amor e em mim, ele deixou marcas, vestígios, vontade de viver tudo aquilo novamente. Mas fica, tenta apagar ele dessas dolorosas lembranças, por favor!"
E como é complicado, a gente passar noites escrevendo pra um alguém, que pode estar lendo tudo isso nos braços de um outro alguém, que muito melhor do que eu, lhe têm. Como faz doer ter que escolher entre me amar ou amá-lo em primeiro lugar.
Pois é moço, se acaso estiveres lendo desta vez, saiba que depois de ti, o que me restou, foi inspiração pra continuar tudo isso aqui... E mais nada. 
E mesmo assim, não foi suficiente pra te fazer ficar...

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Faça por você, porque a minha onda eu seguro...

Mas pode ir, vai com Deus. Pode deixar que a minha onda eu seguro, me viro, sofro um bocado até passar. Eu já tô acostumada mesmo. Estranho seria se você me fizesse bem.
Vai, me dê as costas e segue teu caminho, não precisa ter pena e nem olhar pra trás, mesmo não parecendo, mesmo eu não gostando, eu também sei me virar bem sozinha. 
Vai conhecer gente nova, provar de outros sabores, se aqui já não encontras mais paz de aquietar o coração, vá procurar onde ele se agite feliz ao menos.
Faz tudo que tens vontade e sorria, lembra que meu sofrimento é por sua alegria, não me desaponte! 
Não precisa ter medo de mostrar o quanto é feliz sem mim, porque a minha onda eu seguro, pode doer, mas eu dou meu jeito de sentir dor em paz, pode crer.
Mesmo que me custe noites a fio, e refeições durante algumas semanas, a dor tem prazo de validade, assim como teve o nosso amor...
Você não foi o primeiro nem o ultimo, ah não foi mesmo e esse filme eu já vi antes, sei que dói, sei a gente sente e às vezes, até parece que não vai parar de doer nunca, mas uma hora passa, como se nunca tivesse acontecido. Fica aquele vago pensamento de: ‘Foi por isso que eu sofri tanto?’ com um sorriso no canto do rosto, quase de deboche, pois é...
Afinal, tudo passa, até o que faz mal... E eu, bom eu sei segurar bem a minha onda meu bem, pode crer que sei sim!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Eu sempre sinto muito.

Entre um andar e outro no elevador, uma estação e outra do metrô, vire e mexe me encontro com você. Se gargalhar com a mão na boca, ou tiver barba falhada, aí não tem jeito, é você todinho. 
Deve ter a ver com aquela coisa que dizem que quando a gente gosta muito de uma pessoa, essa pessoa passa ser parte de nós, é deve ser isso. Ou talvez, minha consciência arrumando desculpas pra pensar em você sem pesar o fato de você não ter respondido todos aqueles "últimos" emails que viram penúltimos e antepenúltimos a cada vez que sinto vontade de te escreve. Ou pelo fato de não ter dito o que pensava sobre todos os textos que te escrevi, mesmo sem te mencionar... Pode ser também.
Acontece, que nem toda separação, envolve um fim. As diversas possibilidades do que poderíamos ser ‘nós’ me alucinam loucamente, a ponto de te ver em tudo no meu dia-a-dia. E como pode? Até com meu egocentrismo você acabou rapaz, quem diria? Logo eu que tinha uma excelente auto-estima, eu, que me garantia em todas (como você), perdi pra você, uma pena... Ou uma sorte, vai saber. Pois como já ouvi dizer por aí, no amor e na guerra só vence quem se rende e eu me rendi. Fui tua, desconfio que ainda seja... É, eu sou. Cada sentido meu pertence à ti e mesmo os seus não me pertencendo mais, apenas agradeço. Você tem inspirado tudo isso e talvez se tivesse ficado, não seria nada além do que realmente foi.
O amor que acontece, costuma ter prazo de validade. O que não acontece, paira pela eternidade e continua de várias formas possíveis dentro de quem sente... E eu ainda sinto... e muito

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Prometo parar de te escrever, mas não hoje.


Talvez seja essa ânsia do “não ter” que deixou as coisas assim, tão gostosas de serem relembradas e até hoje desejadas. 
Talvez, se tivéssemos tentado pra valer, eu mesma tinha desistido dessa história de alma gêmea e tinha te pedido pra partir antes de se machucar, porque olha meu bem, eu não feri você, mas tanta gente depois de você saiu partido daqui.
Mas sabe, se tudo isso tivesse sido assim, eu estaria menos machucada, estaria menos fechada e talvez até menos triste, ou não. Poderia também ter encontrado outro alguém, que me fizesse bem como você fazia, que quisesse ficar e eu mandasse embora, porque o que eu gosto mesmo é de complicar, como você bem sabe.

Olha eu aqui de novo, escrevendo pra você e pro nosso amor. Eu, que a cada email ignorado prometo chorando pro travesseiro que foi a ultima vez que eu iria correr atrás. Eu, que me afogo em lágrimas depois de cada música que me lembra você... Eu, que sou tão tua que me esqueço como é bom ser minha de vez em quando e vivo a te esperar para poder então viver tudo que pra mim, jamais deixou de ser.

Veja só você, quanta ironia, você quem me pediu pra nunca te abandonar acabou por me deixar, aqui sem rumo, escrevendo rimas e poemas de amor, pra fazer lembrar ainda mais, que todo mundo que passa em nossas vidas, deixa um pouco de si... E o problema deve acontecer quando esse pouco que fica não é suficiente pra se tornar 'nós'.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Sobre o amor que não vivemos

Mas era estranho esse lance que eu tinha com ele, porque entre a gente não rolava egocentrismo, não rolava orgulho, não tinha essa coisa de “se ele não chamar, eu não chamo”. Nos pertencíamos um ao outro, da maneira mais intensa que eu já pude pertencer a alguém. Era a certeza mais profunda que eu já tive na minha vida... Aqueles poucos meses, em que eu não precisei me enrustir por trás de ninguém, em que pude ler meus textos e ser observada no íntimo, em que pude cantar minhas capelas e ser admirada, sim aqueles; aqueles foram os melhores poucos meses da minha vida. E como pode? A gente já ta mais tempo separado do que passamos juntos e ainda assim, você exerce exatamente o mesmo poder sobre mim. Quando vejo uma foto sua ou por acaso ouço sua voz, sinto exatamente o que senti a primeira vez que você colocou seus dedos na minha franja, ajeitou ela pra trás me deixou sem fôlego no melhor beijo que recebi na minha vida. Eu sinto o seu cheiro, que não envolvia perfume caro nenhum, e sinto, quase que sem querer, aquele abraço tão deliciosamente na medida, que só você soube me dar.
E o que ainda assim eu não entendo, é que mesmo sabendo que foi tão bom pra você quanto foi pra mim, você optou por abrir mão da nossa história . .
Eu não te julgo, eu não te condeno, e pra minha raiva, às vezes eu até te entendo, acho que tem a ver com aquele lance de nunca termos encontrado alguém tão parecido com a gente, como a gente era, mas ainda assim fico aqui, esperando um dia de fúria da sua consciência pra que você jogue tudo pro alto e venha viver tudo que não tivemos tempo de viver. O dia em que você pense que o comodismo jamais te dará um amor como aquele, o nosso. E faça valer todos os nossos sonhos de ter uma casinha lá longe, no meio do nada, pra esquecer da hora das coisas e até do celular, como conseguimos ao estarmos juntos e ser feliz quem sabe, por uma eternidadezinha e nada mais.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Depois de qualquer pessoa, ninguém é o mesmo alguém.


O mais importante é que existe o 'depois do fim' e que nada termina quando é colocado um ponto final. Ninguém é a mesma pessoa depois de alguém. Independentemente se a mudança seja ou não pra melhor, fato é que cada um que passa por nós, deixa um pouco de si e leva um pouco da gente também.

Olha eu aí, toda desacreditada do amor, rezando todo dia pra não encontrar alguém capaz de despertar nada além de um sorriso charmoso em mim. Pedindo incessantemente pra que minha alma gêmea demore a chegar, implorando quase que a todo instante pra não mais me encontrar em ninguém, pra que nada seja tão profundo quanto eu realmente desejaria que fosse.
Aquele coração que nada temia, hoje tem medo de fazer o que deveria ser sua principal obrigação: amar!
A gente fica medroso, quase como uma criança que leva seu primeiro tombo ao dar os primeiros passos, a gente tem medo de tentar de novo, é natural, traumatiza.
Coração não é pele que cura com curativo, coração foi feito pra pulsar sangue, e quando ferido, sangra pra valer. 
A gente acha que vai se machucar, que vai doer e prefere ficar ali, sentado, esperando a vida passar. Pena que a nossa memória não é como a de uma criança, que logo esquece a dor e tenta mais uma vez, arrisca até conseguir... Pena que pro amor, são tão poucos os que nos encorajam a tentar novamente, a dar o primeiro passo de novo e de novo.
A gente cresce e tem que dar os próprios passos, não só com as próprias pernas, mas com as próprias coragens, sem incentivos de terceiros. A gente tem que decidir até quando arriscar compensa, até quando o coração aguenta ser remendado.
A gente se joga de cabeça em outras pessoas esperando que elas sejam profundas, só que as vezes elas são rasas, se não, são vazias e a gente sofre com a colisão, a gente promete nunca mais tentar mergulhar em ninguém e ainda assim, não saímos a mesma pessoa. Nem que seja com uma cicatriz a mais, com um hematoma que seja, cada um deixa em nós sua marca e você, imprimiu em mim esse medo de amar.
Ando em sentimentos como quem pisa em cascas de ovos, vivo duvidando dos sentimentos alheios, nada mais parece recíproco. Paciência... Você foi do tipo que passou pra me ensinar a não ser como você, mas a minha teimosia te amou tanto que quis guardar um pedaço seu em mim, fazer o que se esse foi o melhor que ela encontrou?